Este ano marca os 60 anos do início da ditadura militar no Brasil, um período sombrio na história do país, que ainda ecoa nas vidas daqueles que resistiram e nas memórias dos que foram perdidos. Entre essas histórias, destacam-se as trajetórias de Celso Aquino Ribeiro e Benedito Gonçalves, duas figuras emblemáticas na luta pela democracia e justiça social. Celso Aquino Ribeiro, nascido em São Tomás de Aquino, sul de Minas Gerais, é um exemplo de resistência e dedicação à causa dos trabalhadores e à política. Sua vida foi marcada por perseguições políticas, prisões e torturas, mas também pela coragem em defender seus ideais. Celso foi um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou ativamente em movimentos sindicais, incluindo a histórica greve dos metalúrgicos de Divinópolis em 1979, que contou com a participação de Lula, então líder sindical. Benedito Gonçalves, por sua vez, representa os muitos trabalhadores que lutaram e sacrificaram suas vidas pela melhoria das condições de trabalho e justiça social. Sua morte durante uma greve simboliza a brutalidade com que o regime militar tratava aqueles que se atreviam a desafiar suas políticas repressivas. As histórias de Celso e Benedito são mais do que relatos do passado; são lembretes da importância de proteger e lutar pela democracia, pela justiça social e pelos direitos humanos. O Instituto Celso Aquino pelos Direitos Fundamentais e a memória de Benedito Gonçalves nos inspiram a continuar essa luta, garantindo que as gerações futuras vivam em uma sociedade mais justa e livre. Neste momento de reflexão sobre os 60 anos da ditadura, reafirmamos nosso compromisso com a democracia e a liberdade, honrando aqueles que, como Celso Aquino e Benedito Gonçalves, dedicaram suas vidas à luta por um Brasil melhor.