Na tarde desta quinta-feira (04), a 17ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Divinópolis foi marcada por um fato inusitado: a necessidade de suspender a sessão por três vezes devido à ausência de vereadores. O episódio começou logo no primeiro pronunciamento, quando o presidente da Câmara, Israel da Farmácia, notou a falta de quórum mínimo para a continuidade dos trabalhos.
De acordo com as regras internas, é necessário um mínimo de seis vereadores presentes para que a sessão possa ocorrer. Para votações, o número mínimo é de nove. Entretanto, durante o pronunciamento do vereador Hilton de Aguiar, essa quantidade não foi atingida, o que levou à primeira suspensão dos trabalhos. Apesar de alguns vereadores retornarem ao plenário e permitirem a retomada da sessão, o mesmo cenário se repetiu mais duas vezes, evidenciando uma aparente falta de comprometimento com as atividades legislativas.
As reuniões ordinárias, que acontecem todas as terças e quintas a partir das 14 horas, são cruciais para o debate e a votação de leis e projetos que impactam diretamente a vida dos cidadãos de Divinópolis. A interrupção dos trabalhos não apenas atrasa a discussão de temas importantes mas também levanta questionamentos sobre a eficácia do processo legislativo na cidade.
Além de prejudicar o andamento de pautas essenciais, a ausência dos vereadores compromete a transparência e o diálogo com a população, que acompanha as sessões pela transmissão ao vivo no canal do Youtube da Câmara de Divinópolis e pela TV Candidés.
A repetição dessas suspensões chama a atenção para a necessidade de maior compromisso por parte dos eleitos e coloca em xeque a responsabilidade dos representantes perante seus eleitores. Fica o questionamento: como assegurar que os interesses da população sejam efetivamente representados e defendidos na Câmara Municipal?