Em um desenvolvimento chocante que abala a confiança pública na gestão municipal de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o prefeito e outras sete pessoas por envolvimento em uma série de irregularidades graves.
Entre as acusações, está a venda de gabaritos de um concurso público e fraude em processo licitatório destinado à contratação de uma empresa para organização do certame. De acordo com as investigações conduzidas pelo MPMG, foi identificada uma manipulação no processo de licitação que resultou na escolha de uma empresa cuja proposta era significativamente mais alta do que o valor de mercado, causando prejuízos aos cofres públicos no montante de R$ 127 mil.
A situação se agrava com a acusação de que o prefeito e figuras importantes do município, incluindo o ex-procurador jurídico, estavam diretamente envolvidos na venda de gabaritos do concurso. Segundo a Procuradoria de Justiça, o prefeito teria cobrado R$ 1.500 para facilitar a aprovação de um candidato, enquanto o valor exigido pelo ex-procurador chegava a R$ 20 mil para acesso ao conteúdo das provas.
A investigação aponta que três pessoas pagaram R$ 10 mil pelo gabarito, com uma taxa de acerto de 49 em 50 questões. O escândalo levou ao cancelamento do concurso após a revelação das fraudes, com dois dos envolvidos admitindo o crime em acordo com o Ministério Público.
Este caso não apenas destaca a necessidade de vigilância e integridade nos processos seletivos municipais, mas também serve como um lembrete da importância da transparência e da justiça no combate à corrupção. O MPMG segue com as investigações e processos legais, reforçando o compromisso com a justiça e a manutenção da ordem pública.
Este evento marca um momento de reflexão para os cidadãos de Piedade de Caratinga e de toda Minas Gerais sobre a importância de uma gestão pública ética e responsável.
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